DJAVAN - Discografia
Com 18 anos de idade, formou o LSD - Luz, Som e Dimensão, conjunto que animava bailes nos clubes, praias, igrejas e onde mais os chamassem em Maceió. Com 19 anos deixou definitivamente o futebol e passou a dedicar-se exclusivamente à música.
Ao dedilhar seu instrumento, percebeu que poderia compor, mas suas composições causavam estranheza em seus amigos. Esse fato ajudou Djavan a descobrir que, além de gostar de cantar, ele tinha necessidade de compor. Era preciso então tentar a sorte num grande centro e o destino escolhido foi o Rio de Janeiro. As dificuldades no começo foram imensas, afinal tratava-se de um negro nordestino que se aventurava numa cidade grande que não conhecia.
O radialista Edson Mauro apresentou Djavan a Adelzon Alves e este, por sua vez, o apresentaram a João Mello, produtor da Som Livre, que deu ao cantor sua primeira grande oportunidade. Djavan gravou músicas de outros compositores, incluídas em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo. O que ganhava, entretanto, não era o bastante para poder se sustentar e Djavan precisava completar sua renda. Foi como ‘crooner’ de boate (Number One em Ipanema e 706 no Leblon) que conseguia se manter. Djavan já era casado e tinha uma filha que havia ficado em Maceió e seu desejo era poder trazê-los para o Rio.
O “Festival Abertura”, realizado em 1975, era a grande chance de mostrar seu talento como compositor, onde conquistou o segundo lugar com a música “Fato Consumado”. Daí veio, em 1976, “A voz, o Violão e a Arte de Djavan”, seu primeiro LP, que continha a canção “Flor de Lis”, música que colocou Djavan, efetivamente, no cenário nacional. Assinou contrato com o EMI-Odeon, selo para o qual gravou três álbuns: “Djavan” em 1978, “Alumbramento” em 1980 e “Seduzir” em 1981.
A crítica e o público começaram a reconhecer os méritos do Djavan compositor. Nana Caymmi (Dupla Traição), Maria Bethânia (Álibi), Gal Costa (Açaí e Faltando um Pedaço) e o rei Roberto Carlos (A Ilha) fizeram sucesso com músicas compostas por Djavan. A maior homenagem, porém, foi feita por Caetano Veloso que, ao gravar “Sina”, substituiu o verbo “caetanear” pelo verbo “djavanear”.
As músicas de Djavan tocavam nas rádios e seus shows e discos fizeram dele, por dois anos consecutivos (81 e 82), o melhor compositor - prêmio oferecido pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).
A antiga CBS, atual Sony Music, contratou o já consagrado Djavan em 1982. O álbum “Luz”, gravado nos Estados Unidos, contou na faixa “Samurai” com a participação de Stevie Wonder, além de instrumentistas famosos, como Ernie Watts. O disco, que trouxe também as músicas “Sina”, “Pétala” e “Açaí” deu, como o próprio título previa, luz ao talento de Djavan também no hemisfério norte.
O disco seguinte, “Lilás”, teve a faixa título executada mais de 1.300 vezes nas rádios brasileiras no dia de seu lançamento, em 1984. “Esquinas”, composta em Los Angeles durante a gravação do disco e incluída às pressas, foi outro grande sucesso do disco. Inúmeros shows, além de reverências feitas por artistas do gabarito de Quincy Jones (editor de algumas músicas de Djavan nos EUA) consolidou a carreira do artista brasileiro também naquele país, que teve, em 1985, um álbum compilado dos repertórios de “Luz” e “Lilás”.
“Meu Lado” foi gravado inteiramente no Brasil e refletiu diversas facetas do autor. Em 1987, os estúdios norte-americanos novamente abriram as portas para a gravação de um disco de Djavan. Era “Não é Azul Mas é Mar”, lançado no exterior, com o título “Bird of Paradise”.
A novela “Top Model”, da TV Globo, incluiu em sua trilha sonora a música “Oceano”, que traz o refinado violão flamenco de Paco de Lucia e impulsiona o artista de volta às paradas de sucesso. A qualidade poética na obra de Djavan talvez seja a única coisa que não muda. “Novena”, de 1994, tem o violão como fio condutor e poucos instrumentos. É básico, fundamental e demonstra com clareza como Djavan aproveita bem o espaço entre um lançamento e outro.
“Malásia”, de 1996, foi o disco seguinte. Como de hábito, o compositor abraça o mundo novamente. Passeia pelo bolero mexicano, pela salsa cubana, até chegar ao legítimo samba carioca, além de muitas baladas.
Almir Chediak, em 1997, fez um inventário da obra de Djavan. O trabalho resultou em dois livros com 98 músicas e 3 CDs com 47 canções. Mais de 60 artistas participaram do projeto com gravações exclusivas.
“Djavan ao Vivo”, lançado em 1999, foi uma homenagem antecipada aos 25 anos de carreira. Toda a obra foi revisitada de forma quase antológica. “Milagreiro”, em 2001, mantém a poesia em canções bem elaboradas e sem fugir do estilo inquieto e inteligente desse artista alagoano.
Em 2004 surgiu “Vaidade”, o décimo sexto álbum de Djavan e primeiro da sua própria gravadora, a Luanda Records. Dessa vez, suas músicas compõem não somente as trilhas sonoras de novelas, mas também de cinema. “Se Acontecer” fez parte da novela Global “Senhora do Destino” e “Tainá-Flor” foi feita sob encomenda para o filme “Tainá 2”.
Para 2005, Djavan preparou “Djavan na Pista etc”, com um repertório variado da carreira do cantor, em versão dançante, com a produção de Liminha.
ÁLBUNS DISPONÍVEIS
Djavan - 1976 - A Voz E O Violão
Djavan - 1979 - Djavan
Djavan - 1980 - Alumbramento
Djavan - 1981 - Seduzir
Djavan - 1982 - Luz
Djavan - 1984 - Lilás
Djavan - 1986 - Meu Lado
Djavan - 1987 - Não é Azul Mas é Mar
Djavan - 1989 - Oceano
Djavan - 1990 - Puzzle Of Hearts
Djavan - 1992 - Coisa De Acender
Djavan - 1994 - Novena
Djavan - 1996 - Malásia
Djavan - 1998 - Bicho Solto - O XIII
Djavan - 1999 - Ao vivo - Parte 1
Djavan - 1999 - Ao vivo - Parte 2
Djavan - 2001 - Milagreiro
Djavan - 2004 - Vaidade
Djavan - 2005 - Na Pista
EXTRAS
Djavan - Songbook - Vol. 01
1 Pétala - Interpretação: Gal Costa
2 Açaí - Interpretação: Paralamas do Sucesso
3 Samurai - Interpretação: Ed Motta
4 Luz - Interpretação: Arthur Maia / Cláudio Zoli
5 Outono - Interpretação: Ângela Rô Rô / Antonio Adolfo
6 Aliás - Interpretação: Leila Pinheiro / Paulo Bellinati
7 Curumim - Interpretação: Garganta Profunda
8 Cara de índio - Interpretação: Chico César
9 Faltando um pedaço - Interpretação: Dori Caymmi
10 Nuvem negra - Interpretação: Nana Caymmi
11 Seduzir - Interpretação: Rosa Passos
12 Mal de mim - Interpretação: Rosana
13 Azul - Interpretação: Orlando Morais
14 Maçã do rosto - Interpretação: Lenine
15 Topázio - Interpretação: Paulinho Moska
16 Lambada de serpente - Interpretação: Elba Ramalho
Djavan Songbook Vol. 2
1 Meu bem querer - Interpretação: João Bosco
2 Cigano - Interpretação: Zélia Duncan
3 Lilás - Interpretação: Cidade Negra
4 Sina - Interpretação: Sandra de Sá
5 Avião - Interpretação: Leny Andrade
6 Ventos do norte - Interpretação: Leila Pinheiro / Paulo Bellinati
7 A ilha - Interpretação: Chico Buarque
8 Serrado - Interpretação: Daniela Mercury / Marco Pereira
9 Obi - Interpretação: Rosa Passos
10 Dupla traição - Interpretação: Nana Caymmi
11 Nobreza - Interpretação: Ney Matogrosso / Luiz Avellar
12 Estória de cantador - Interpretação: Dominguinhos
13 Asa - Interpretação: Jane Duboc
14 Esquinas - Interpretação: Zé Ricardo
15 Linha do Equador - Interpretação: Cláudio Zoli
16 Boa noite - Personagens
Djavan - Songbook - Vol. 03
1 A rota do indivíduo (Ferrugem) - Interpretação: Caetano Veloso
2 Morena de endoidecer - Interpretação: Maria Bethânia
3 Oceano - Interpretação: Leny Andrade
4 Fato consumado - Interpretação: Ricardo Silveira / Zé Renato
5 Violeiros - Interpretação: Cláudio Nucci / Paulo Bellinati
6 Flor-de-lis - Interpretação: Beth Carvalho
7 Capim - Interpretação: João Donato
8 Sim ou não - Interpretação: Daúde
9 Pedro Brasil - Interpretação: Joyce
10 Samba dobrado - Interpretação: Johnny Alf
11 Esfinge - Interpretação: Eduardo Dusek / Leandro Braga
12 Banho de rio - Interpretação: Orlando Morais / Ricardo Leão
13 Se... - Interpretação: Be Happy / Kiko Continentino
14 Álibi - Interpretação: Fátima Guedes / Victor Biglione
15 Bouquet - Interpretação: Clara Sandroni / Marco Pereira
Djavan - 2006 - Perfil
Djavan - Novelas