quarta-feira, 6 de junho de 2007

MOUNTAIN

Banda criada no final dos anos 60, projetada pelo cantor e guitarrista Leslie West, ex-componente do grupo nova Yorkino The Vangrants.

Antes de converter-se em uma banda propriamente dita, Mountain (1969) foi o título do primeiro álbum do solitário Leslie West, um disco produzido por Pappalardi, que também compunha e tocava baixo/teclados, apoiando a poderosa voz e guitarra de West.

A popularidade do Mountain se consumaria com sua aparição no festival de Woodstock, interpretando a sensacional canção "Blood of the sun".

Climbing (1970)

Sem dúvida nenhuma o melhor disco do Mountain. Agora como uma banda de verdade, o grupo liderado por Leslie West e Felix Pappalardi vinha com um álbum perfeito, trazendo nove canções que se tornaram "cartilha" para quem quisesse se aventurar no Rock pesado dali pra frente. O que dizer de um disco que abre com "Mississipi Queen", um dos clássicos da história do Rock? O mínimo que pode se fazer é o ouvir o disco no volume máximo como recomendava a banda na contracapa do LP: "This Record Was Made To Be Played Loud".

Nantucket Sleighride (1971)

Tracks:

1: Don't Look Around 2: Taunta (Sammy's Tune)

3: Nantucket Sleighride 4: You Can't Get Away!

5: Tired Angels 6: The Animal Trainer And The Toad

7: My Lady 8: Travelin' In The Dark (To E.M.P.)

9: The Great Train Robbery

10: Travelin' In The Dark (To E.M.P.)

Flowers Of Evil (1971)

Álbum que marca o final do período mais criativo da banda em estúdio, mostrando que dali pra frente as apresentações ao vivo seriam prioridade e palco das mais malucas improvisações possíveis.

O lado de estúdio traz temas como o rock empolgante da faixa título, a tristeza e melancolia instrumental de "King's Chorale", a levada irresistivelmente pesada de "Crossroader" e o clima erudito de "Pride and Passion". Na parte ao vivo, o destaque é o "Dream Sequence", um medley de 25 minutos com muitos improvisos e uma versão matadora de "Mississipi Queen". Tudo devidamente registrado no fechamento do lendário Fillmore East.

Twin Peaks (1974)

Mais um ao vivo, registro que marcou a volta da banda em 1973. A tour japonesa merecia um souvenir à altura da histeria dos fãs locais e então foi lançado esse álbum gravado no Koseinenkin Hall em Osaka.

O vinil duplo trazia versões interessantes para clássicos como "Never In My Life", "Mississipi Queen", "Silver Paper" e "Theme For An Imaginary Western". Nos improvisos o Mountain se supera e registra uma versão de 32 minutos (!) para a épica "Nantucket Sleighride". No vinil a faixa era dividida em duas parte que tomavam os dois lados de um disco. Infelizmente a voz de Felix Pappalardi já não mostrava a mesma garra dos primeiros dias de Mountain, tudo isso somado ainda a ausência significativa de Corky Laing que não pode fazer essa tour pelo Japão devido a problemas de saúde.

Avalanche (1974)

Depois de dois discos ao vivo o Mountain estava louco para voltar às gravações em estúdio. "Avalanche" é uma tentativa de volta aos dias inspirados de "Climbing". Mais voltado para a guitarra de Leslie West, o rock rola solto com as versões de "Whole Lotta Shakin' Goig On" e "Satisfaction". Pappalardi voltava afiado e compondo muito como em "Sister Justice", "Swamp Boy" (e sua introdução bacana), "Thumbsucker" e "Last Of The Sunshine Days". "Alisan" era mais uma bela peça instrumental de West, nos moldes de "To My Friend" que aparecia no disco Climbing. "You Better Believe It" mostra o quanto faz diferença ter Corky Laing de novo na bateria e "I Love To See You Fly" tem algo de Led Zeppelin.

Go For Your Life (1985)

Contando com Mark Clarke (ex-Tempest e Uriah Heep) no baixo, o Mountain mostrou estar meio perdido após a morte trágica de Felix Pappalardi. Temas sem inspiração como "Hard Times" (que mereceu um clipe medonho na época), "Spark" e "Bardot Damage" mostravam que o Mountain queria soar como um ZZ Top ou um Kiss, bandas de sucesso nos anos 70 e que continuaram vendendo muitos discos nos 80, o que não foi o caso do Mountain. Títulos como "She Loves Her Rock (And She Loves It Hard)", "I Love Young Girls" e "Makin' It in Your Car" falam por si mesmo e demonstram os interesses do pessoal na época...

Mountain Live: The Road Goes Ever On (1993)

Tracks:

1: Long Red

2: Waiting to Take You Away

3: Crossroader

4: Nantucket Sleighride

Man's World (1996)

Como não rolou a volta com Noel Redding o jeito foi convocar Mark Clarke de volta para encarar agora a década de 90. Bem superior ao Mountain dos anos 80, essa versão mostrava estar de bem com a vida em músicas como "In Your Face", "Noboddy Gonna Steal My Thunder", "Man's World" (uma versão para "It's a Man's Man's World" de James Brown, também regravada pelo Grand Funk Railroad nos anos 80) e "I Look".

Millenium Collection (1999)

Disc: 1

1. Never in My Life 2. Don't Look Around

3. Mississippi Queen 4. Baby I'm Down

5. Long Red 6. Silver Paper 7

Solo Disc: 2

1. Animal Trainer and Toad 2. Nantucket Sleighride

3. For Yasgur's Farm 4. Travelling in the Dark

5. Blood of the Sun 6. Dreams of Milk and Honey

7. Auld Lang Syne

Mystic Fire (2002)

O Mountain do século XXI vem com Ritchie Scarlett no baixo e mostra um peso extra em todas as composições, principalmente na releitura para o clássico "Nantucket Sleighride". O disco abre com a pesada "Immortal", trazendo vocais quase guturais de Leslie. Na seqüência, a faixa título, a melhor do disco por sinal. A regravação de "Fever" (aquela que ficou famosa com o rei Elvis) é bem interessante, e, convenhamos, é engraçado imaginar Leslie dando uma de sexy com todo aquele tamanho!